Você sabia que a Síndrome do Olho Seco está entre as principais razões para visitas ao oftalmologista? Conforme afirma a Associação dos Portadores de Síndrome do Olho Seco, estima-se que cerca de 20 milhões de brasileiros possuem disfunções oculares que causam a doença. Muitos sofrem anos ou a vida toda com esse desconforto e, em vários casos, nem têm conhecimento que possuem a síndrome. Seu aumento está relacionado ao envelhecimento da população e fatores da vida moderna, como a poluição nas cidades, o uso excessivo de telas de computadores, smartphones e tablets, ar-condicionado, utilização continuada de lentes de contato e alguns medicamentos (diuréticos, anti-histamínicos, antidepressivos e anticoncepcionais). Condições climáticas, como a baixa umidade do ar, muito comum em regiões como o Distrito Federal, que chega a 10% durante o inverno, também podem agravar o problema.
Foto: DINO / DINO
Os pacientes do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB) e do Grupo INOB (DF), empresas do Grupo Opty, têm à disposição um tratamento pioneiro para essa síndrome. As unidades contam com o E-Eye, equipamento da fabricante francesa E-Swin que utiliza a tecnologia IRPL (traduzindo do inglês, luz pulsada regulada de alta intensidade). “O E-Eye é o primeiro equipamento médico desenvolvido especificamente para tratar a Disfunção das Glândulas de Meibomius (DGM), responsável por cerca de 75% dos casos de Síndrome do Olho Seco. Até então, nós não tínhamos nenhuma tecnologia no mercado com uma proposta tão ampla. Antes, essas glândulas eram estimuladas por meio de um tratamento terapêutico medicamentoso e tópico, como anti-inflamatórios e higiene local, mas nada que fosse cirúrgico ou inovador, como esse aparelho de luz pulsada”, explica a Dra. Micheline Borges Lucas Cresta, oftalmologista do INOB.
A Síndrome do Olho Seco é causada da seguinte maneira: em um paciente saudável, o filme lacrimal é composto por três camadas: a mais superficial é oleosa (lipídica), além da aquosa (mais abundante) e da mucinosa (muco). As glândulas meibomianas produzem a camada lipídica e estão dispostas verticalmente, uma ao lado da outra, no interior das pálpebras superiores e inferiores. Quando ficam disfuncionais, essa camada torna-se mais fina, o que provoca instabilidade do filme lacrimal e maior evaporação da lágrima. Vem daí o termo: “olho seco evaporativo”. As crises de DGM (ou blefarite) são muito frequentes, levando tanto ao desconforto estético, com vermelhidão dos olhos, lacrimejamento e secreção clara, quanto funcional, manifestado por embaçamento visual, ardência e sensação de corpo estranho.
Como funciona o E-Eye
Por meio da nova tecnologia de luz pulsada regulada de alta intensidade, o sistema E-Eye cria pulsos de luz policromática. O equipamento emite uma luz não invasiva e que não causa comprometimento do globo ocular. Ao ser aplicado na proximidade das pálpebras, esse pulso de luz estimula terminações nervosas das glândulas de Meibomius, favorecendo um aporte maior e melhor da secreção lipídica. O procedimento é rápido, em torno de cinco minutos.
De acordo com os estudos clínicos realizados na França, China e Nova Zelândia, cerca de 90% dos pacientes mencionam melhora dos sintomas e satisfação após duas aplicações. Quanto mais ciclos de tratamentos completos, maior será o período de eficácia terapêutica a ser observada. “Nos tratamentos convencionais, que utilizam a prescrição de antibióticos via oral e tópicos (pomada e colírio) e lágrimas artificiais, muitas vezes, após o término do ciclo terapêutico, os sintomas reaparecem. Por outro lado, com a nova tecnologia, os relatos mostram que, após a terceira e quarta sessões do E-Eye, há um longo período sem sintomas, que pode ultrapassar dois anos”, explica o Dr. Eduardo José Rocha, médico do HOB.
Em apenas três aplicações – após a primeira, outras duas aos 15 e 45 dias -, o paciente já percebe uma diminuição nos sintomas de olho seco. “É clinicamente possível observar essa melhora. A nova tecnologia induz a restauração da função normal das glândulas de Meibomius. Após o tratamento com o E-Eye, pacientes têm relatado a diminuição do uso de colírios”, comenta o Dr. Eduardo José Rocha.
A melhora com esse novo tratamento é percebida logo na primeira aplicação. “Era difícil abrir os olhos, por causa da extrema sensação de secura. Sinto que melhorou de 20% a 30% com essa primeira aplicação”, conta Clara Aparecida da Silva, 55 anos, uma das primeiras pacientes a utilizar o novo método no HOB. Ela sofre com os sintomas há cerca de quatro anos, quando um câncer e consequentes doenças autoimunes, como lúpus e síndrome de Sjögren, agravaram o quadro de ressecamento dos olhos e outros órgãos. “Colírios não resolviam, fiz também outros tratamentos. Agora a expectativa é de melhora com as próximas sessões”, conta Silva.
Confira os sintomas que podem indicar a Síndrome do Olho Seco:
– Sensação de fadiga e ressecamento nos olhos ao utilizar computador, celular ou tablet.
– Lacrimejamento frequente.
– Olhos vermelhos, especialmente ao acordar e no fim do dia.
– Coceira constante.
– Sensibilidade à luz.
– Olhos ressecados e sensação de areia.
– Dificuldade para usar ou ressecamento das lentes de contato em poucas horas.
– Facilidade para contrair inflamações oculares.
– Visão turva.
Sobre o Opty
O Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a aplicação da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. No formato, o médico mantém sua participação nas decisões estratégicas, mantendo o foco no exercício da medicina.
Atualmente, o Grupo Opty é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando oito empresas oftalmológicas, 1400 colaboradores e 400 médicos oftalmologistas. O Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), o Instituto de Olhos Villas (BA), o Hospital Oftalmológico de Brasília, o Grupo INOB (DF), o Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC) e